Susan Hill
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Arthur Kipps, um jovem advogado, é chamado para acompanhar o funeral da Sra. Alice Drablow, a única moradora da Casa do Brejo da Enguia, localizada em uma região remota da Inglaterra. Enquanto trabalha na isolada propriedade, Kipps descobre trágicos segredos ocultados por suas janelas fechadas. Ao vislumbrar uma jovem e sofrida mulher vestida de preto, uma arrepiante sensação de desconforto começa a tomar conta dele, um sentimento que cresce com a relutância dos moradores locais em falar sobre a estranha figura – e seu terrível propósito.
A forma escolhida para narrar esta história de fantasmas é muito criativa e envolvente, além das fantásticas descrições das paisagens inglesas.
Os fãs em geral de literatura policial mista de ação e psicologia e em particular do detetive californiano Lew Archer, criação do escritor Ross Macdonald, pseudônimo literário do americano criado no Canadá Kenneth Millar (1911-1983), vão achar precioso o volume Os Arquivos de Archer, que reúne contos publicados em vida de Macdonald e inéditos achados depois de sua morte. Archer se transformou em Lew Harper no filme Harper, com Paul Newman, pois o ator achava que nomes começados com a letra H davam sorte, e foi Lew Millar em uma série de televisão, além de propriamente Lew Archer em outras séries.
O nome Lew Archer é uma dupla homenagem a escritores que Macdonald apreciava: o Lew vem de Lew Wallace, criador do célebre personagem corredor de biga no antigo Império Romano, Ben-Hur. E o Archer lembra Miles Archer, sócio do detetive particular Sam Spade, este o principal personagem do famoso romance O Falcão Maltês, do escritor Dashiell Hammett.
Como o próprio Macdonald, Archer é rebento de uma família californiana disfuncional, desfeita pelo abandono do pai e marido. No caso do detetive, isso o transforma num adolescente perturbado, que se torna um pequeno delinquente, mas é regenerado pela influência de um policial veterano. O próprio Archer se torna policial, em Long Beach, na Califórnia, mas se revolta com tanta corrupção que testemunha entre seus colegas e acaba sendo demitido. Na Segunda Guerra Mundial, serve como agente de contraespionagem do Exército dos Estados Unidos.
Sunset Strip, onde Archer mantém seu escritório
Tornado detetive particular, Archer atua nos chamados subúrbios em expansão então, nos anos 1950, no Sul da Califórnia, equivalentes aos chamados condomínios no Brasil, ou a bairros como Alphaville. Em termos de ficção policial, o criador Ross Macdonald e a criatura Lew Archer se inserem na longa transição efetuada a partir da primeira tradição do gênero, baseada no raciocínio lógico, dedutivo e indutivo, em que cérebros geniais como Sherlock Holmes, de Conan Doyle, e Hercule Poirot e Miss Marple, de Agatha Christie, deslindam tramas a partir de pistas, a tradição de textos literários policiais intelectualizados tipicamente ingleses, para a segunda tradição do gênero.
Nesta segunda tradição, com o gênero policial tornado tipicamente americano, o essencial são as ações físicas dos detetives durante suas investigações, particularmente procurando indivíduos desaparecidos ou objetos preciosos sumidos, muitas vezes envolvidos em lutas corporais violentas e em tiroteios. Tudo isso, porém, é finamente temperado por análises psicológicas mais ou menos profundas. Essa tradição foi iniciada por Dashiell Hammett e desenvolvida pelo famoso autor Raymond Chandler, em especial em seu personagem Philip Marlowe, que foi a primeira inspiração de Ross Macdonald.Imperdível.....você que ama o genero não pode deixar de ler estes maravilhosos contos!
Ross Macdonald
Ele foi autor de dezoito livros considerados como a melhor série policial já escrita por um norte-americano.Macdonald também escreveu vários romances e contos envolvendo o seu detetive sulcaliforniano Lew Archer.
E claro, se você quiser estes livros, procure o Paulo na Livraria Londres! Osvaldo Aranha, 1182, Porto Alegre, Brasil. Telefone 33124582.
Parte de resenhas da editoras Novo Século e Record
Oi Eleonora,
Gostei muito da Susan Hill.
Estilo conservador, elegante e
dá o recado com exatidão. A Mulher de
Preto assusta, porque parece verossí-
mil demais. Pena que não traduzam ou-
tros títulos promissores como: The
shadows in the street, The risk of
Darkness e The vows of Silence...
Quanto ao Ross, muuuuito bem.
Adoro os antigões.
Abraços Paulo
Olá, venho dizer que trombei com seu blog por acaso e gostei bastante do post. Acabei não assistindo ao filme A Mulher de Preto, mas mais curiosa que estava para vê-lo, estou para ler o livro. A sinopse me atraiu desde o primeiro momento.
abraço,
escrevendoloucamente.blogspot.com